Entram em vigor, no início de 2009, as novas regras para a grafia da língua portuguesa. As alterações visam a unificação do idioma em todos os países lusófonos - Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor Leste - além, obviamente, de Portugal, pátria-mãe do idioma.
Há quem seja contra, argumentando que em todos os países citados existem inúmeros projetos mais importantes a serem implantados. Os que são a favor defendem a idéia de que o português é, das línguas mais faladas no mundo, a única que ainda não está unificada.
Celeumas a parte, a reforma foi assinada nessa semana pelo presidente da República, e se torna fato consumado.
Seguem as principais mudanças ortográficas, ressaltando que a pronúncia das palavras não será afetada.
Fim do trema
O acento é totalmente eliminado. Assim, a palavra freqüente passa a ser escrita frequente.
Eliminação de acentos em ditongos
Acaba-se o acento nos ditongos “ei” paroxítonas. Assim, idéia vira ideia.
O acento circunflexo quando dois “os” ficam juntos também some. Assim, vôo vira voo.
Cai o acento diferencial
Aquele acento que diferenciava palavras homônimas de significados diferentes acaba. Assim, pára do verbo parar vai ficar apenas para.
Mudanças nos hífens
Sai a maioria dos hífens em palavras compostas. Assim pára-quedas vira paraquedas.
Quanto houver necessidade, será dobrada a consoante. Assim contra-regra vira contrarregra.
Será mantido o hífen em palavras compostas cuja segunda palavra começa com h como pré-história.
Em substantivos compostos cuja última letra da primeira palavra e a primeira letra da palavra são a mesma, será feita a introdução do hífen. Assim microondas vira micro-ondas.
Inclusão de letras
As letras antes suprimidas do alfabeto português (k, y e w) voltam, mas só valem para manter as grafias de palavras estrangeiras;
Fim das letras mudas
Em Portugal, é comum a grafia de letras que não são pronunciadas como facto para falar fato. Essas letras somem com a reforma.
Dupla acentuação
Há algumas diferenças de acentuação entre o Brasil e Portugal principalmente quando se fala do acento circunflexo e agudo. Assim, os brasileiros escrevem econômico e os portugueses, económico. Essa diferença foi mantida.
Fonte: HowStuffWorks
Naressi
Um comentário:
Pôde continua acentuado, diferenciando de pode? Onde ir buscar as exceções?
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