Diego Armando Maradona, El Pibe de Oro, é o novo técnico da seleção argentina de futebol.
Vai aqui um singelo prognóstico: a chance de sucesso é aproximadamente a mesma que ele teria se fosse empossado chairman do Fed, o Banco Central norte-americano.
Porque vejamos.
Maradona é semi-deus na Argentina. Venerado, adorado, idolatrado, amado, admirado, unânime, o segundo melhor jogador da história do futebol. Aliás, na humilde opinião deste que escreve, perde o primeiro posto nos quesitos de desempate, pois gênio tal qual Pelé.
Maradona é alcoólatra, cocainômano e, em breve, convalescente de patologia cardíaca, dado o sobrepeso associado a um ritmo de vida lisérgico.
E, sobretudo, está numa draga desgraçada, devendo os tubos para o fisco italiano. Daí o auto-convite, convite e óbvia aceitação para o cargo, já que andava oficialmente desempregado desde o cancelamento do seu programa televiso La Noche del 10, e qualquer capital que se levante numa situação é muito bem vindo.
Agora, vejamos o ponto nevrálgico da situação.
Imagine o tamanho do ego de Dieguito. Ele que é venerado, idolatrado, amado, admirado. O segundo melhor jogador da história do esporte bretão. Muito embora faça mais o papel de bonachão, em contraponto ao de sério e compenetrado, Maradona comandará os 22 homens com mais raça do esporte mundial. Não argumente nem tente negar. Você sabe disto, não me venha com bairrismos estúpidos ou pequenezas afins. Ou volte aqui quando Gilberto Silva, Emmerson, ou qualquer outro, dividirem uma bola como Verón ou Zanetti dividem. Do pescoço pra baixo é canela. E bola pra frente, não pra trás.
Maradona comandará egos notoriamente quase tão grandes como o próprio. Juan Roman Riquelme, Lionel Messi, Carlos Tévez. Se os medíocres Vanderlei Luxemburgo e Emerson Leão causam a dor de cabeça que causam no futebol brasileiro, com seus super-master-egos faraônicos - que aliás, não lhes cabem, pois medíocres - em eternas altercações com subordinados na disputa pelas luzes da ribalta, imagine um embate de gênios entre Don Diego e Riquelme por exemplo, que já anda alterando os ânimos na seleção argentina, em atrito constante com Messi e Agüero, genro de Maradona.
A coisa pode esquentar e fazer lembrar da época de Daniel Passarella no comando, afastando da seleção craques da época, como Fernando Redondo e Gabriel Batistuta.
Enfim, D10S precisará de muito mais que a genialidade que Deus lhe deu para desempenhar este novo papel. Precisará de pulso firme. Faço votos para o sucesso prevendo o fracasso, logo ali, dobrando a esquina da Bombonera.
Se bem que, em se tratando de Maradona, sempre haverá um algo mais.
Sempre haverá la mano de Dios.
Naressi
3 comentários:
Concordo!
mas uma coisa eu te digo:
ele é mesmo considerado Deus lá!
e as estrelas da seleção deles, sabem muito bem disso!
Acho que a Argentina não curte mais ganhar jogos..=P
Abraços,
Aliás, como seria o cumprimento num encontro de Don Diego e Britney Spears? Ela: "Meu crack"! Ele:"Minha heroina"! Ehe!
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