segunda-feira, 20 de outubro de 2008

O canto do cisne de Marta Suplicy

Algumas considerações acerca do jus sperneandi de Marta Suplicy.

A candidata, sexóloga e palhaça - Atrasou? Relaxa e goza, meu filho, que depois você esquece tudo… - se diz injustiçada e vítima de preconceito, por ser mulher e governar para os pobres, tentando com isso justificar sua pífia aprovação e seu enorme índice de rejeição.

Vejamos.

Na época em que ainda era psicóloga e de fato Suplicy, Marta defendia a união homossexual fervorosamente quando todo o resto nem considerava a hipótese de tal. Hoje encabeça uma campanha à prefeitura de São Paulo que veiculou, vergonhosamente, uma propaganda em que questionava, ainda que veladamente, a sexualidade do atual prefeito candidato à reeleição, Gilberto Kassab. Baixo nível até mesmo para os padrões da política nacional. Mas, afinal de contas, ela não sabia de nada, no melhor exemplo PT de ser.

Se diz vítima de preconceito por ser mulher. Se esquece do fato de que é mulher em uma cidade que elegeu Luiza Erundina de Souza prefeita, também pelo PT, ainda que na época negra da política municipal. É certo que a rejeição da ex-prefeita não guarda relação com o fato de ser mulher. Creio já termos ultrapassado essa barreira neandertal há tempos.

Se diz injustiçada por governar para a população carente. Como ela concebe essa idéia? Pois então me aponte um, apenas um candidato que se elege falando aos ricos. No caso de um sistema de votação no qual o candidato se elege por maioria simples, como é o caso do nosso, há que se falar para a maioria, obviamente. E não creio que haja algum lugar no mundo, excetuando-se, quem sabe, os países nórdicos, que um candidato não fale, principalmente, aos pobres. Desta feita, argumentação vazia e facilmente contestável.

Talvez, ao invés de adotar essa tática de “briga de foice no escuro”, distribuindo chumbo para todo lado, visivelmente em posição desconfortável ao tentar barrar seu ímpeto e revelar sua verdadeira “cara”, fosse mais proveitoso à candidata afastar-se um pouco do presidente da República. Pois me parece que, além de não transferir votos a seus cupinchas, está se saindo um belo “enterrador” de campanhas.

 

Naressi

Um comentário:

Anônimo disse...

D. Marta: já que V.Sa. vai mesmo se "intubar" no próximo domingo, aqui vai um lembrete: "Relaxe e goze"! Por favor, me diga: com sua ascendência fidalga, levando (ou já levou?)o sobre-nome Suplicy, com pompas e etc, o que é que há? Cansou de ser "da zelite?" Ou é pura demagogia e oportunismo? Se o "seu" Lula não fosse presidente, se ainda fosse o metalúrgico barbudo, tomando suas cachaças e saboreando frango com polenta, V.Sa. estaria vivendo à sua sombra? Eu pergunto: Qual é a sua? "Dinheiro não traz felicidade mas ajuda a sofrer em Paris", não? Me engane que eu gosto!