terça-feira, 4 de novembro de 2008

A sucessão presidencial norte-americana

bush George Walker Bush

20 de janeiro de 2001 - 20 de janeiro de 2009

 

Hoje o povo dos Estados Unidos da América está nas urnas decidindo quem sucederá o distinto cavalheiro aí acima.

O 43° presidente norte-americano – um dos mais controversos políticos do mundo – deixará o cargo ao meio-dia do dia 20 de janeiro de 2009, quando voltará a exercer suas ocupações texanas, dentre elas enriquecer-se com o ouro negro.

Republicano de nascença, vive dias de cão no final de seu segundo mandato, vendo-se na contingência de desconstruir algumas bases econômicas estabelecidas pelo pai, George Herbert Walker Bush, em função da quebradeira generalizada que assola a economia lá pras bandas do Tio Sam. Está sentindo na pele a força do dito popular “na prática, a teoria é outra”, já que um dos maiores ideais de seu partido é o da livre-concorrência nos mercados que, trocando em miúdos, significa mais ou menos “salve-se quem puder”, já que nessa ideologia o Estado interfere da maneira mais branda possível nos assuntos econômicos. Interferiria, já que se viu obrigado a assinar socorros financeiros a empresas falidas de montante ainda incerto, mas já passado, com folga diga-se, do trilhão de dólares.

George W. Bush foi protagonista de uma das passagens mais emblemáticas de nossa era.  Após os ataques de 11 de setembro de 2001, imbuiu-se do espírito patriótico inerente ao seu povo e vestiu como poucos a tradicional camisa republicana da belicosidade, passando a atirar, literalmente, para todo lado. Embrenhou suas tropas pela Ásia e pelo Oriente Médio, em especial no Afeganistão e no Iraque (e que por lá continuam), ora atrás de um barbudo, ora atrás de um bigodudo que já havia sido alvo do pai em uma operação de incursão ao Iraque, no início de 1991, deflagrada após a invasão do Kuwait pelas tropas iraquianas, episódio que ficou conhecido como a segunda guerra do Golfo.

Precedido pelo democrata William Jefferson Blythe III – mais conhecido como Bill Clinton, o da estagiária gordinha que guardou um vestido sujo… – e ao que tudo indica, sucedido também por um democrata – ele, o político mais pop-hype desde John Fitzgerald Kennedy, o orador negro Barack Obama –, Bush deixará um gosto amargo nas bocas republicanas e levará consigo os piores índices de aprovação a um presidente na história do país. Mata papai de orgulho!

Não para menos, por esses dias Bush está apagado, fora dos holofotes, longe dos microfones. Mandou dizer que não aparecerá até o final da apuração dos votos dessas eleições, pois precisa descansar. É justo, visto que vem tomando bordoada de tudo que é lado. Anda parecendo “táubua, de tiro ao álvaro…” como diria Adoniram Barbosa. O que ocorre, acima de tudo, é que o partido republicano não quer que Bush “contamine”  o candidato John McCain – que passou a campanha inteira tentando se desvencilhar da imagem do presidente mais impopular da história do país – na reta de chegada, já que sempre se pode contar com o fator “Timo Glock”.

E para finalizar esse post imenso (desses que o Prado adora), vai uma previsão: Bush fará de tudo, nesses últimos meses de governo, para tentar melhorar seu saldo para com o mundo. Tentará vender a idéia de que “hei, eu acertei mais do que errei!”, e “hei, eu sou um cara bacana, me chamem para dar palestras!”.

É possível?

Afirmo, meus caros, categoricamente: é possível.

Basta importar o marqueteiro de Luís Inácio Lula da Silva, incontestavelmente um companheiro fazedor de milagres…

 

 

Naressi

Um comentário:

Anônimo disse...

E por falar em "reta de chegada", lá vai um trocadilho: McCain disse que ele é páreo?