segunda-feira, 3 de novembro de 2008

E pra você, faria alguma diferença?

barackmccain

A empresa de publicidade Grey New York lançou uma campanha lembrando da questão racial, um dos temas que foi debatido durante as eleições para presidente nos Estados Unidos. Nela, transformou o democrata Barack Obama em branco e John McCain em negro. (Foto: AP)

Fonte: Globo.com

 

É o mais crônico dos problemas norte-americanos ditando as regras do jogo.

Incrível como, nos dias de hoje, ainda se conceba que o racismo dê as cartas em alguma situação, ainda mais em uma eleição à presidência da maior potência global.

Escutei hoje, na rádio de notícias que acompanho, uma matéria feita pelo enviado especial que está cobrindo as eleições direto da pátria do Tio Sam. Fiquei atônito, mais um vez, com um ponto chave levantado por ele: vários cidadãos que nas pesquisas de opinião manifestam apoio ao democrata Barack Obama podem, na “hora H”, votar em John McCain, cedendo ao peso do preconceito racial. E não admitem a real posição nas pesquisas de intenção de voto por vergonha da própria estupidez.

Parece mentira, eu sei. Mas não é.

A última boca de urna antes do início do sufrágio - se é que se pode falar assim, quando mais de 25 milhões de norte-americanos já votaram antecipadamente – apontava vantagem democrata de aproximadamente 6 pontos porcentuais, 50,74% para Obama, 44,30% para McCain, sendo que, em 6 dos 8 estados considerados os mais importantes, a liderança é do candidato negro.

Mas… Será que esses números traduzem a realidade?

Será que Barack Obama, que liderou toda a campanha, não corre o risco de ser surpreendido na última curva, tal qual Felipe Massa, que ponteou a corrida inteira e perdeu nos últimos 300 metros?!

Quantos “Timo Glock” não haverá entre os eleitores yankees, prontos a dar uma monumental rasteira? Eu sei, eu sei. A do piloto alemão não foi intencional…

Em breve - ou nem tanto, dada a patifaria que é a apuração eleitoral por lá - conheceremos o “herdeiro” do império norte-americano, o homem que sentar-se-á na cadeira mais cobiçada do planeta. Vale lembrar que o império está cambaleante, meio derrocado, meio mordido, mas ainda assim é a grande potência de nosso tempo. E o homem que o governa, comanda o resto do mundo também.

Portanto, que vença o melhor.

 

 

Naressi

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