Não assisti ao jogo.
Contudo pude acompanhar vários lances da partida pela internet hoje de manhã.
E o a seleção do Brasil, ao que parece, jogou bem.
Muito bem.
Soube se aproveitar de uma seleção lusa apagada, sem comando. E, principalmente, soube tirar proveito do fato de Cristiano Ronaldo estar absolutamente apagado em campo, apenas desfilando o infame topete de cacatua que ostenta.
A jogada do gol de Maicon foi uma beleza, uma troca de passes digna de seleção brasileira de futebol. E o gol de Elano, daqueles que se faz uma vez na vida outra na morte, valeu o ingresso dos que pagaram e também de toda a corja política que, obviamente, compareceu gratuitamente.
Aliás, falando em politicagem, foi exatamente isso que levou o jogo amistoso para o Gama, nos arredores do Distrito Federal, pois pagou-se (repare na falta de sujeito) uma fábula para a CBF, você sabe, a Confederação dos Bandidos do Futebol.
Sujeiras à parte, Dunga passará o Natal aliviado, ainda no comando da seleção brasileira, contrariando o desejo de muitos. Aliás, deixo claro aqui que não engrosso o coro do “Adeus, Dunga”. Deixando de lado convocações obscuras no começo do trabalho, Dunga tem feito um papel razoável à frente da seleção.
E muita dessa bronca que a torcida tem para com o treinador advém de um único fato: o de Dunga não convocar Ronaldinho Gaúcho. E não vai fazê-lo sempre que tiver a opção, visto que nutre um desafeto gigantesco pelo jogador, pois quem não se lembra do lance desconcertante aplicado por Gaúcho em Dunga, nos idos em que um começava carreira no Grêmio e outro se aposentava pelo Internacional de Porto Alegre.
O que mais me chamou a atenção nos lances que vi foi a participação ativa dos jogadores de quem se espera sempre mais: Kaká, Robinho, Luís Fabiano e Adriano. O “príncipe de Milão” e Robinho deram um gol cada a Luís Fabiano, sempre matador, que marcou 3 tentos e salvou o cargo de Dunga. Adriano pouco fez, mas fez o que sabe fazer de melhor, subiu e arrematou.
A zaga pouco trabalhou e pode-se dizer que falhou no segundo gol de Portugal, algo que em um jogo “de verdade” poderia custar uma derrota (Alemanha 2006, alguém?). Mas ontem foi tudo festa.
O meio de campo, sempre burocrático de dar nos nervos, até que arriscou jogadas mais diretas fugindo, ainda que pouco, do usual “toquinho de lado, toquinho pra trás”, com lançamentos em profundidade pelas pontas e jogadas mais rápidas pelo meio.
Enfim, no geral, pela festa e pelo clima, nota 8, exatamente a soma do gordo placar.
E vamos tocar a vida, já que milionários são eles.
Naressi
